Orgulha-te...

Quando te apercebes deixas de ver tudo á tua volta, deixas de ouvir, apenas ouves a tua voz, e ela leva-te a divagar, pelos caminhos mais sobrios e mais sórdidos que alguma vez soubeste que existiam. Nem te apercebes do quanto te afastas de todos, dos que amas e dos que n amas. Reages de forma violenta para com quem interaje contigo, tudo te provoca um tal sentimento de raiva por vezes impossivel de reprimir, ficas como que um visitante no teu corpo a vêr o fazes mas sem qualquer controlo sobre ele. Ou então o oposto uma total apatia e desinteresse, tudo te passa ao lado pouco ou nada te move a não ser uma necessidade de comer beber, dormir e pouco mais no teu dia a dia, as conversas n existem pelo menos com alguém do exterior. Sentes um abandono que nunca experimentaste antes onde ficas capaz de fazer coisas que de modo racional n o farias, a solidão das solidões uma solidão no meio de todos, enganas-te a ti ao dizer que está tudo bem e tornas-te no melhor actor ou melhor mentiroso que alguma vez foste. “-Então está tudo bem?” – “Sim, claro, como n havia de estar.” Passam ser meras palavras que nesta altura nenhum significado têm apenas uma feliz conjugação de letras com um só propósito o de dizer deixa-me em paz e n me faças muitas perguntas. Já me desiludiram tantas vezes, porque iria agora falar convosco, porque iria ser sincero, voçes que se dizem e apregoam ser meus amigos, quando na verdade são incapazes de reter uma só conversa remetendo-se sempre tudo o que houvem para uma mera conversa de café. Pq não são capazes de ouvir? mas ouvir no verdadeiro sentido da palavra, não é preciso muito vá lá apenas peço para estar ao lado e se importar um pouco que seja.
Mas não, nada disso, aos poucos fui desaparecendo, acreditando naquilo que dizem de mim, tratando-me sem importância, sem valor, sem razão de ser.
Porque não desaparecem!! Deixem me em paz, só peço um pouco de descanso, uns minutos, uns meros e insignificantes minutos desta vida. Mas não... parecem não me ouvir, e voltam e voltam á carga sem cessar que mais parecem imortais e impossiveis de apaziguar a impotência toma conta de mim e por fim, por fim desisto... a apatia toma conta de mim, arrasto-me no dia a dia o pensamento como que desliga, finalmente paz.. um momento de paz... silêncio.. mas um silencio que se nos consome que cria um vazio nada existe dentro de nós tudo é sugado pelo momento... mas afinal era isto que queria porquê este vazio e este nada? Tudo isto culmina no meu quebrar caio sobre os joelhos sem qualquer apoio, todos os musculos cedem como se cessassem toda a sua função, um tremor corre todo o meu corpo como uma brisa que o corpo balança e é empurrado contra o chão gelado e agreste... ali fico mais uns minutos gotas de água correm pela minha face e caem em cima da minha mão... toda a energia que flui, flui para fora de mim apenas respiro por mero reflexo ... e o meu corpo como que se liberta de tudo por momentos, por momentos sou e e apenas eu...

“Orgulha-te de ser quem és”
Sejam orgulhos, orgulhem-se de serem quem são , de serem o que são, de terem feito o que fizeram, n deixem que alguém vos diga o que devem sentir, n se deixem apagar e ser calcados porque alguém acha que devem ser pessoas á sua imagem, sejam únicos e diversos relembrem-se constantemente de quem são mas também acima de tudo lembrem-se que nunca estarão sozinhos existirá sempre alguém ao vosso lado quando precisarem, por vezes nos locais mais inesperados, apenas precisam de confiar um pouco e acreditar, acreditar pois alguém acredita em ti.Não mudes por vontade de alguém ou n deixes de ser tu para poder estar com alguém, assim estarás a te enganar a ti e a quem quer que esteja contigo e nunca serás verdadeiro contigo mesmo e nunca te sentirás completo pois faltará sempre algo.

R.M.