secretamente...

...

Secretamente á espera de um gesto, de um sinal
Secretamente tentando saber se dás por mim, afinal
Secretamente á procura de um toque, de um olhar
Secretamente tentando saber..
Se algum dia os nossos mundos se irão cruzar
Qual o caminho
Que irá dar, a esse teu mundo
Onde eu queria entrar.
E tantas vezes, eu ja sorri
Só por lembrar-me
Só por pensar em ti

...

Autor N/D

reafirmação...

Sempre pude dizer que tudo o que aqui escrevo, escrevo por mim e não com um sentimento de obrigação para com algo.
Mas isso nem sempre é assim, quando comecei este espaço fiz por uma mera curiosidade e juntar o útil ao agradável reflectir, e partilhar as minhas boas e más experiências em que pouco importa qual seja o nome desta e daquela pessoa que fez isto ou pensou aquilo mas, e digo isto que é o que eu acho, mas sim o que a levou a fazer isso… quais as suas razões, sair desta posição e tentar me colocar do outro lado da questão ou da situação. Mas as coisas nem sempre são assim e acredito que acabei por colocar e falar de coisas, apenas como que por uma imposição minha de o fazer, algo como que por responsabilidade. Por vezes preciso disso pois acabo por me acomodar um pouco e adiar para o amanhã, e depois amanhã para o depois de amanhã e no final de contas lá se foi o momento e todo o pensamento. De que adianta escrever então? Depois de passado? Irá ser verdade, vai ser fiel ao seu real valor e a tudo o que o originou? Acredito que por vezes talvez fique alguma coisa por dizer, mas no seu essencial tento preservar. Não é algo que reflectindo no que ficou para trás tenha acontecido, mas hoje ao pensar nisso, senti que já houve essa situação e esse sentimento de incompleto e de “traição”.
Confesso que aqui nunca irei contar todas essas experiências por que passei, gostaria no sentido de saber que iriam fazer a diferença a alguém a enfrentar algo ou arriscar ao saber que n será a única pessoa a sentir o que sente ou a pensar o que pensa duvidando ou acreditando. Não o faço e n o faço com muita mágoa minha pois acredito que se passei por isso alguma razão o foi, mas se aprendi algo foi também a sim falar das coisas sem qualquer pudor e sem quaisquer pensamentos e juízos de valor mas também a n nos expormos demasiado pois assim deixaremos de fazer essa diferença e ser objectivos naquilo que dizemos.
O objectivo deste post é que seja mais uma vez uma afirmação, n para vocês mas para mim, uma avaliação quer do que digo aqui quer do que o me leva a fazer... acreditava ser necessário ponderar como sempre o faço quando algo me leva a duvidar ou questionar seja o que for.

Aproveito e aqui fica aqui um convite, a quem por aqui passar e ler estas palavras a falar comigo se quiserem, sem receios ou medos pode ser uma simples conversa de olá como pode ser uma conversa de troca de experiências, n sou ninguém especial ou super dotado mas uma pessoa normal e única como todos vocês o são sem qualquer excepção.

R.M.

mais um final de dia á beira mar...

Os dias têm sido longos e ocupados mas n sei como hoje consegui um tempo... um tempo no que posso dizer ser uma das melhores alturas do dia, quer seja simbolicamente pelo final de um dia de trabalho, quer pela tranquilidade que sinto inexplicavelmente.
Nem mesmo o ar frio que me gela as mãos ao segurar a máquina me demove deste momento mágico e íntimo.
Eu sei eu sei, acaba por ser um cliché ou sei lá mais o que for, mas como digo n são as palavras mas o momento e que se sente que perduram e me dizem algo quer seja a pensar em alguma conversa em alguém ou mesmo o n pensar sequer.
Aqui fica mais uma imagem desse momento.
R.M.

dia mundial da poesia

há-de flutuar uma cidade...

há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu... como seriam felizes as mulheres
à beira mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado

por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos... sem ninguém

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentado à porta... dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca de mar ao fundo da rua
assim envelheci... acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão

(anos mais tarde, recordo agora, cresceu-me uma pérola no
coração. mas estou só, muito só, não tenho a quem a deixar.)

um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade
Al Berto

no meio do monte..

Recebo eu um telefonema e entre muitas outras coisas surge algo como:
-"...á coisa e tal, estou aqui no meio de monte vou n sei para onde, fazer n sei o quê..."( peço desculpa pelo plágio que possa parecer foi apenas uma maneira de expressar algo, daí esta frase que mais parece outra coisa...)
Na altura nem pensei muito, mas acabei por ficar com aquela imagem na cabeça e ficando a matutar em algo acabo por ter de fazer alguma coisa, pois bem.. aqui fica mais uma foto, esta tirada mais uma vez pelas terras de miranda numa tarde fabulosa que me deixa sempre com vontade de lá voltar, quer pelas pessoas quer pela tranquilidade e pureza de tudo, e claro está não posso deixar de agradecer a quem de direito por essa conversa animada e sincera ao telefone que me fez reviver estas imagens e muitas outras.
R.M.