noite escura e fria..


Noite escura e fria que me deixa sem sono


Fotografia R.M.

entardecer á beira mar...

Fotografia R.M
Há tempos atrás alguém me perguntou "humm... e de bicicleta? A companhia não conta?...", e como eu afirmei antes que mais tarde falaria disso aqui está, não o faço por obrigação nunca o faria, tudo tem sempre uma razão de ser e a razão é eu esta tarde ter ido andar de bicicleta, não combinei com ninguém, apenas fiz o normal meti a bicicleta no carro e podem me chamar o que quiserem mas infelizmente a minha forma física ainda deixa muito a desejar e admito talvez um pouco com receio também, mas como dizia de bicicleta na mala do carro lá me dirigi até á praia, montar de novo a bicicleta e ai vou eu (desta vez fui bem acondicionado com a roupa apropriada), de musica nos ouvidos e de olhar nas pessoas por quem passo que admito n eram muitas sendo um dia de semana e ainda para mais com o frio do entardecer. Foi algo estranho dei comigo a repetir o mesmo caminho vezes sem conta até que me aperceber de que já era noite e que andava naquilo há pelo menos duas horas e meia... talvez seja um pouco utópico mas foi algo que me relaxou ao ponto de tudo á minha volta abrandar, desaparecer como que por momentos, todos os pensamentos, todos os problemas, todas as obrigações… apenas uma sensação de calma... Claro que a companhia tem as suas vantagens, o poder parar para ter uma conversa ou outra, poder apreciar tudo o que passa enquanto se toma um pequeno lanche numa esplanada e dizer mal de afinal não ter trazido o fato de treino e começar a regelar de t-shirt e calções sentado a pensar no percurso de regresso até ao carro.
Para comprovar tudo isto tenho claro está o meu amigo e companheiro de alguns desses passeios a pedalar Ricardo Batista, que lá me vai acompanhando ou melhor eu vou acompanhando e a quem convido para mais um passeio.
Pedalem muito e aproveitem que a chuva ainda vai deixando... é sempre bom e saudável.
R.M.

sinto-me como que um agarrado...

Fotografia R.M.
“É preferível ter amado do que nunca ter amado sequer”.. Gostaria de saber quem disse isso para lhe poder dizer o quanto isso pode ser uma grande mentira a meu ver.
Claro que uma frase destas faz sentido quando as recordações ainda são tão recentes que ainda é tudo uma fantasia, quando ainda se vive essa memória recente e esse sentimento ainda é tão doce tão calmo e sereno, quase como que uma droga que inebria e distorcendo toda essa realidade, fazendo esquecer todo e qualquer problema que existe tornando-o em algo insignificante. Uma droga.. sim acho que é uma boa comparação, é algo que cria um vício, uma habituação. O de querer estar com alguém, o querer dar e fazer algo por quem amamos, o viver para a outra pessoa, o perder um pouco da identidade individual e n conceber toda realidade sem ser a dois, não me venham dizer que isso n acontece, sempre que se ama isso acontece com menos ou mais intensidade mas acontece, toda essa estupidificação das nossas acções e pensamentos, toda essa partilha de informação e de pensamentos diários.
“Sim mas eu acredito que essa frase faz sentido e se aplica…” Sim claro como eu já disse antes mas dizes isso a alguém que se sinta sozinho e a reacção será a mesma? Tal como acontece a um ex-viciado, a sensação não desapareceu… apenas aprendeu a viver com ela ali ao lado e sempre presente, sempre a te aliciar, a relembrar que aquilo existiu e o que bom que era, dás contigo a pensar quero experimentar, quero ter de novo essa euforia, essa leveza essa partilha, esse retorno de carinho e cumplicidade… mas na realidade não a consegues… quão frustrante pode isso ser. Procuras então um substituto.. os amigos e tentas encontrar um pouco dessa “droga” neles, algo que te possa enganar por uns momentos e poder ter de novo aquele sentimento de completamento e sentir fazer a diferença na vida de alguém. Ouros pura e simplesmente nem se apercebem que necessitam de tudo isso.. apenas se limitam a tentar permanecer na ignorância e saltar um pouco de lado para lado, sempre em movimento constante.. talvez o sentimento assim n o apanhe e fique esquecido no tempo, mas aviso desde já, quando pararem serão apanhados e talvez mais forte ainda.
“Quem me dera ser ignorante toda a vida, quem me dera nunca ter sentido isto, poder não ter saudades e relembrar esse sentimento.” Já o afirmei tantas vezes que me esqueci de quantas foram no seu todo… não me interpretem mal n sou uma pessoa derrotista ou sequer fatalista, mas é uma verdade quando se está só, ou melhor quando nos sentimos sós desejamos sempre que as coisas sejam diferentes e que todos esses sentimentos nos deixem, limitamo-nos a sentar e esperar que alguém nos encontre e tudo isso passe, e n levem estas palavras á letra, quem se sente só nem sempre está sentado ou se põe á parte, é preciso olhar um pouco mais além disso, são as pequenas coisas, as pequenas frases, as palavras e olhares que o dizem é só preciso estar atento.

Não é nenhuma citação apenas um parágrafo de um pequeno texto que escrevi que acho que descreve um pouco esse sentimento que falei.
“Sinto-me só, sinto-me como que um agarrado que desesperadamente necessita da sua dose para deixar de ter essas dores, essas contracções no corpo que me obrigam a aninhar agarrado á almofada como se da minha vida se tratasse, preciso dele para que esse nó na garganta desapareça e possa engolir de novo, preciso dele para poder reaprender a viver de novo, preciso dele para poder me sentir amado só mais uma vez.”
Eu sei que dá trabalho estar a comentar isto se é que têm tempo de ler todo este texto, mas peço-vos, comentem e digam-me o que pensam ou o que n pensam.

R.M.

instantes decisivos II...

Fotografia R.M.
Finalmente chegaram ao fim as filmagens desta curta-metragem. Fica o sentimento não sei se de descanso ou se de saudades de tudo o que isto envolveu. Foram semanas cansativas desde os ensaios até ás gravações, sendo estas ultimas semanas as mais desgastantes, talvez pela quantidade de horas seguidas necessárias para todas as gravações take após take, plano após plano, mas uma coisa não posso negar, vou sentir falta de tudo isso… de toda a preparação, das longas horas a repetir vezes sem conta os mesmos movimentos e as mesmas reacções, mas principalmente das pessoas e de todos os momentos de convívio ainda que por pouco que tenham sido mas toda a cumplicidade que se acabou por gerar a interacção entre todos para que tudo pudesse funcionar. Cada uma dessas pessoas pois cada uma delas deu o seu contributo para que tudo isto pudesse funcionar, bem ou mal mas funcionar, não se pode dizer que eu tenha feita grande diferença por lá apesar de ter acabado por fazer mais do que tencionava e ainda para mais ter de estar á frente da câmara, mas pelo menos consegui captar algumas imagens atrás da minha câmara que serão sempre uma recordação de toda esta experiência.
Não podia passar sem deixar aqui o meu agradecimento a todos os que tiveram a paciência de me aturar nomeadamente comigo atrás de uma câmara que por vezes intimida, não era essa a minha intenção muito pelo contrário como tal peço desculpa a quem tenha provocado esse sentimento, mas espero que tudo isso se torne insignificante ao recordar nestas fotos todos esses momentos.

Aqui deixo os nomes da equipa que nos proporcionou toda esta experiência de cinema, independentemente de qual a sua função específica durante as filmagens.

A equipa:
Realizador – Nuno Camacho
Produtora – Barbara Rocha Ferreira
1º Ass. De Realização – André Couto
1º Ass. De Produção Francisco Barbosa
Director de Arte – Nuno Leite
Director de Fotografia – Carlos Carvalho
Gestor musical – Pedro Marques
Som – Maurício D’Orey

2º Ass. De Realização – Nuno Silva
2º Ass. De Produção – Joana Vieira
Ass. De Som – Ricardo Bragança
Ass. De Direcção de Arte – Sara Leite
2º Ass. De Direcção de Arte – Frederico Beja
Ass. De Fotografia – João Paulo
Ass. De Maquilhagem – Alex. De Brito
Continuidade/Anotação – Leonor Viseu
Câmara – João Maldonado
Making Of – Luís Figueiredo


Palavra que fica de todas estas gravações..
-“… continuidade … “

A apreciação final fica para depois da apresentação a todos do filme.
R.M.