pensamentos perdidos


14-03-2005 6:43

Escrevo este texto para falar de algo que pode ser tão grande e ao mesmo tempo tão fácil de transmitir ou dar a alguém.
Algo que existe nas mais pequenas coisas, nos mais pequenos actos do dia a dia de qualquer um de nós. Um simples olhar, um pousar de mãos nas mãos, uma pequena carícia, um abraçar que se torna do tamanho do mundo, quando tudo nos parece grande de mais para suportar ou enfrentar sozinhos. Um olhar nos olhos, um enxaguar de uma lágrima que contém toda uma alma de quem a derrama. Uma palavra amiga, simplesmente a dizer, “ok n te preocupes, eu estou aqui, n estás só”.Por vezes algo ainda mais simples, não é preciso falar, reconfortar, ou até de tocar, basta estar. Saber que está alguém ali ao lado. Alguém com quem partilhar aquele momento que pode ser bom ou mau. A amizade n tem de existir apenas quando as coisas correm mal ou se encontra um muro um pouco mais alto, por isso é necessário por vezes parar e pensar um pouco, estar atento a quem está ao nosso lado, saborear, assimilar tudo o for humanamente possível e ainda mais, porque embora n nos lembremos de tudo, essa lembrança permanecerá no nosso íntimo, os cheiros, as sensações as texturas. Tudo isso fica, n se desvanece no ar n desaparece das nossas mentes, apenas se molda a até fazer parte de nós. Todas essas experiências nos transformam independentemente de que seja essa a nossa vontade ou não. Celebrem esta ou aquela pessoa estar ali ao vosso lado naquele dia, e acima de tudo digam-no, não tenham medo, e acima de tudo n tenham medo de o ouvir. Falo por mim, nunca foi algo que ouvisse muitas vezes e por vezes alguém o diz e dou comigo a pensar…
-È tão bom que tenhas vindo.” Ou ”ainda bem que vieste.”, e pergunto-me.. mas pq.? Pq. me suou tão estranhamente estas expressões? E não o digo por dizer, realmente me incomoda. Nunca sei como reagir a algo como isto, é demasiado intimidante estas palavras, e por vezes me pergunto será por eu próprio não as dizer? Talvez acho que nunca as disse muitas vezes, sempre confiei nas expressões nos abraços nos carinhos para o demonstrar, mas claro não é a mesma coisa, por vezes é necessário dizer as coisas n confiar apenas que quem está do outro lado as consiga descodificar, assumir um papel claro e n me esconder atrás de expressões ou actos como uma mascara de um sentido apenas, é necessário nos expormos um pouco ir além da máscara, retirar essa protecção por momentos e ceder, partilhar esse momento de confiança com alguém.Ninguém existe sozinho, como coisa única pertencerá a algo que o transcende, sobre o qual poderá n ter controlo. È necessário amar algo, n importa quem ou o quê desde que se o faça sem quaisquer juízos de valor. Pode parecer mais um cliché, mas é bastante verdade. Acima de tudo amar as coisas como elas são.

R.M.

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